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“Entretanto, pouco é necessário, ou mesmo uma só coisa, Maria, pois, escolheu a melhor parte, e, esta não lhe será tirada.” (Lc 10.42).

Duas moças, Marta e Maria, moravam na pequena vila próxima a Jerusalém, Betânia, com o irmão mais novo, Lázaro. Eram jovens e podiam desfrutar de liberdade no seu lar. Provavelmente, seus pais já tinham morrido, mas, certamente, estes haviam deixado seu legado: uma educação saudável e o temor do Senhor nos corações dos três filhos.

Marta ficara com a incumbência de cuidar dos irmãos mais novos e era firme em sua posição. E, possivelmente, uma das “fontes de renda” dos três seria o uso da grande casa para hospedar os peregrinos que vinham a Jerusalém para as comemorações das festas anuais. Marta deveria ser uma exímia cozinheira, Lázaro ajudava nas compras e negociava com os hóspedes e Maria auxiliava sua irmã em todos os afazeres domésticos.

Mas, apesar das responsabilidades precoces, sua casa deveria ser alegre, jovial, “moderna”, tanto na disposição da mobília como no modo de receber os amigos e parentes. Marta, a irmã mais velha, sempre dava as ordens na casa. Maria e Lázaro obedeciam, cumprindo suas tarefas e mantendo tudo muito bem arrumado.

Geralmente, numa casa de jovens há o bulício de risos, de histórias contadas e recontadas com alegria e muita brincadeira. As cores da vida estão presentes e tudo parece ser mais colorido na juventude. E eles ouviram falar de um jovem, da idade deles, que estava impactando a nação com suas mensagens de amor. Um jovem chamado Jesus, de Nazaré.

Em Betânia, todos comentavam a respeito dele. Contavam como Ele abrira os olhos aos cegos, como curara leprosos e fizera coxos e paralíticos andarem novamente. Contavam como as suas palavras eram cheias de autoridade, graça e poder. Todos os que o ouviam ficavam impressionados com a sua sabedoria, apesar de falar com total simplicidade. Suas parábolas, com mensagens profundas a respeito da fé e da vida eterna, eram contadas e repetidas pela multidão que o acompanhava.

E todos queriam conhecê-lo, tocar em suas vestes, receber o toque abençoador de suas mãos. Marta, Maria e Lázaro também sonharam com o dia em que poderiam se encontrar com o doce Rabi da Galiléia, Jesus.

Parece que a mais interessada em conhecer Jesus era Maria. A Bíblia não nos informa como foi o primeiro encontro dos irmãos da aldeia de Betânia com Jesus. Entretanto, sabemos que o Mestre ficou hospedado na casa deles. Que alegria! Jesus ali estava, “em carne e osso”, tão perto deles... E Ele tinha tantas coisas para falar, para ensinar... Ele podia responder às questões da alma, e suas palavras traziam paz ao coração ansioso e aflito.

Maria não queria perder nada daquela visita incomum. Ela queria conhecer bem de perto o coração de Jesus. Mesmo que não fosse “normal” que as mulheres ficassem a ouvir os rabinos, assentadas aos seus pés, ela não poderia perder aquela chance. Afinal, Jesus estava na casa dela...

Certamente Maria já tinha feito as “tarefas” designadas pela irmã Marta, a casa estava pronta e Jesus chegara. Agora ela queria “desfrutar” da presença de Jesus. Cada palavra do Mestre, cada gesto, cada ensino, eram como música aos seus ouvidos, como o entalhar desenhos magníficos em seu coração, perpetuando aquele momento. As dúvidas eram tiradas. Os céus se abriam para Maria. Os tesouros da sabedoria iam se descobrindo nas palavras de Jesus. Maria, embevecida, se alimentava de cada palavra proferida pelo Senhor.

Marta, a irmã mais velha, desde que Jesus chegara, começou logo a arrumar todas as coisas na casa para dar-lhe total conforto. Ela preparava comida na cozinha, amassava bolos, preparava sucos e bebidas típicas, arranjava cestas com frutas frescas e doces e corria de um lado para outro, olhando detalhes para marcar a visita de Jesus com todo o agrado que pudesse oferecer. Mas, logo percebeu que estava fazendo tudo sozinha. Maria, que sempre a ajudava em todos os serviços, não a acompanhava naqueles afazeres.

Parece que cada vez que Marta passava pela sala e via Maria assentada aos pés de Jesus, ouvindo os seus ensinos, ela dava um toque na irmã, pedindo-lhe que viesse ajudá-la. Um toque. Dois toques. Três toques, e nada da Maria sair do lugar.

Marta estava impaciente com a atitude da irmã e reclamou com Jesus: “Senhor, não te importas que minha irmã tenha deixado que eu fique a servir sozinha? Ordena-lhe que venha ajudar-me.” (Lc 10.40). Todos podiam perceber que Marta estava chateada com a irmã. Todo o peso do serviço estava somente sobre ela... Geralmente, as pessoas que trabalham muito não suportam ver os outros descansando, de “papo para o ar”... Ficam incomodados. Só que Maria não estava apenas parada, descansando, não. Ela estava se alimentando da “verdadeira Fonte”. Maria estava se saciando do “Pão da vida”. Ela estava na presença do Filho de Deus, Criador, cujas palavras traziam vida eterna. Aquele não era um hóspede comum. O simples fato de se estar perto dele já enchia o coração de doce paz.

Jesus viu o coração de Maria, sua sede e total abertura para as coisas de Deus, e, então, respondeu: “Marta! Marta! Andas inquieta e te preocupas com muitas coisas. Entretanto pouco é necessário ou mesmo uma só coisa; Maria, pois, escolheu a melhor parte, e, esta não lhe será tirada.”

Maria escolhera a melhor parte, o Mestre dissera. O que ela mais queria era estar aos seus pés, prestando atenção em todas as suas palavras. Ela não queria perder essa oportunidade que tinha, não sabia quando novamente o Senhor Jesus estaria tão pertinho dela... Maria queria usufruir a presença majestosa e bondosa de Jesus em sua casa.

Para ela, parecia que o tempo havia parado e o que mais importava era vê-lo e ouvir a sua voz, seus ensinos. Era aprender dele e com Ele. Maria sabia que sua casa nunca mais seria a mesma após a visita do meigo Rabi de Nazaré. Marta queria oferecer o seu serviço, Maria lhe oferecia o seu coração.

Alguns anos mais tarde, talvez dois, aconteceu a morte de Lázaro. As cores vivas da juventude daquele lar vestiram o cinza da tristeza e as duas irmãs choravam. Jesus soube da notícia e não foi primeiro à sua casa, mas ao cemitério. E lá Ele operou o milagre da ressurreição de Lázaro, após quatro dias de sua morte e seu corpo já se encontrar em decomposição, no túmulo. A alegria era indizível nos corações dos três. Aquele lar nunca mais fora o mesmo depois da visita de Jesus. Ele não precisava ser servido, mas viera para servir e dar a sua vida por todos.

Maria havia compreendido que Jesus é a Fonte da vida e que estar aos seus pés é a melhor parte.

::Por Pastora Ângela V. Cintra.


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