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Durante os ensaios o exagero pode ser útil para o ator e diretores e às vezes deve ser incentivado, principalmente pelo diretor. O objetivo do exagero nos ensaios é o de servir como um processo de clarificação da verdade. O diretor, às vezes, pode ter uma perspectiva mais clara dos limites dos atores em relação aos seus papéis. Para o ator, é útil quando unido a processos imaginativos de improvisação.

É muito importante saber que freqüentemente em papéis difíceis, uma expressão verdadeira pode ser atingida através do exagero exarcebado. É o diretor que decide: ele poderá sugerir que falem mais alto, façam movimentos floreados e exagerem externamente todas as expressões emocionais. Quando o exagero é levado a este ponto, é natural que várias realidades e relacionamentos do personagem interpretado desapareçam, mas outros resultados úteis poderão ser acrescentados ao produto acabado. Você saberá quanta energia deve usar durante a representação, a dimensão de seus sentimentos, temperamento e imaginação. A força da cena e possivelmente da peça dependerá disto.

É verdade que qualquer coisa é legítima durante os ensaios; no entanto, o diretor não deve cometer o erro de deixar que estes ensaios de representação exagerada passem a fazer parte do ensaio normal. O contraste entre o ensaio normal e o outro, usando o exagero, ajuda a resolver os problemas já existentes. É interessante que atores experientes têm mais tendências a exagerar seus papéis do que principiantes. Eles percebem que a atenção da platéia está freqüentemente centrada nos aspectos mais emocionais de um papel e tentarão obter esta atenção exagerando, se não conseguirem criar as verdades interiores do seu papel que, por sua vez, produziriam emoções verdadeiras.

Fonte: Monte Sião

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